O novo enfoque regulamentar e um aumento nas revisões estão colocando as seguradoras sob pressão, para que demonstrem processos de governança e gestão de risco adequados.
Saiba como simplificar seus controles de risco para melhorar a eficácia.
O setor dos seguros está sob maior escrutínio no que diz respeito à sua gestão de riscos e controles de governança. Isso se deve a uma série de fatores, tais como multas por falhas de alta visibilidade na gestão de riscos, incluindo cultura, controles ou governança inadequados.
Os reguladores também intensificaram a utilização das revisões como uma ferramenta de supervisão integral, sendo a maioria delas para controles e gestão de risco deficientes.
As atualizações pendentes do Código de Governança Corporativa da Financial Reporting Council (FRC), por exemplo, também enfatizam a necessidade de uma gestão de risco eficaz e resiliente, exigindo maior engajamento da Administração.
Compreendendo o cenário de gestão de riscos
Apesar do aumento das expectativas regulamentares, muitas seguradoras estão tendo dificuldades com sua estrutura de controle. Com o aumento no número de M&A em todo o setor em 2021, muitas empresas depararam-se com processos legados de gestão de riscos e controles duplicados.
Há também a pressão contínua da mudança regulamentar, a qual tem recebido novas camadas de controles, com poucas oportunidades de racionalização. Também é comum perceber processos comuns de negócios identificados erroneamente como um controle, e desnecessariamente adicionados ao registro de riscos. O resultado é um emaranhado cada vez mais complexo, comprometendo o ambiente de controle.
Caso tenha um excesso de controles, você não está sozinho. “Mais” nem sempre significa “melhor”. Muitos controles tornam-se difíceis de acompanhar, impossibilitando garantir que estão sendo gerenciados de maneira eficaz. Isso dificulta a compilação das informações de gestão, afetando a tomada de decisões pela alta administração.
Isso também compromete a precisão dos relatórios regulamentares e da Diretoria para as partes interessadas internas e externas. Isso sem mencionar o aumento desnecessário dos custos com a conformidade.
Como aumentar a eficiência?
Existem quatro etapas principais para simplificar sua estrutura de controle. Ao longo desse processo você poderá encontrar controles duplicados, redundantes ou obsoletos à sua finalidade.
1. Definições de controle
Analise a forma como você define seus controles e verifique se essa definição é clara e concisa, para que você possa eliminar qualquer metodologia desnecessária. É possível que sua definição esteja obsoleta, com alguns itens não mais necessários.
2. Identifique seus principais riscos e mapeie seus controles
Revise os principais riscos em cada área de negócios e defina os controles necessários para mitigá-los. A seguir, mapeie os principais controles desses riscos para garantir que as estratégias de mitigação estejam em vigor. Isso ajudará a atualizar sua lista e estrutura de controles. Fique atento a quaisquer controles que dupliquem esforços ou que não agreguem mais valor.
3. Risco e garantia de controle
Você deve elaborar um processo eficaz de avaliação, de preferência trimestralmente, no qual você pode incluir algumas práticas de validação de controle. Isso permitirá que os riscos sejam acompanhados de forma eficaz, e que os controles operem como esperado.
4. Atribuição de responsabilidades
Além de identificar, mapear e avaliar seus controles, é importante atribuir responsáveis para garantir que haja um nome por trás de cada controle identificado.
Começando
Simplificar seus controles pode parecer desafiador, mas valerá a pena para melhorar a qualidade de seus processos de gestão de riscos. Uma quantidade menor de controles o ajudará a se concentrar nos riscos principais, e a liberar recursos para análises de tendências mais eficazes para riscos e controles.
O uso da automação também pode ajudá-lo a melhorar a qualidade de seus controles. Isso irá reduzir o potencial de erro humano, acelerando a intervenção por meio do monitoramento em tempo real.
O enfoque na qualidade ao invés da quantidade dará à sua equipe mais tempo para se concentrar nos riscos emergentes, e a desenvolver propostas de valor agregado em benefício da empresa de modo geral.