O compliance na saúde vem ganhando cada vez mais destaque, principalmente após a pandemia de Covid-19, quando os hospitais sofreram um boom nas internações e casos críticos.
Antes de mais nada, para entender a relevância do tema, é importante dar alguns passos para trás. De um modo geral, compliance, ou estar em Compliance, é estar em conformidade com a legislação local, normas regulamentadoras e os princípios éticos impostos pelo mercado.
Importância do compliance para o combate às fraudes
O compliance na saúde desempenha um papel central e fundamental no combate à corrupção, devendo ser adotado em todos os níveis e áreas das instituições.
Muito além de garantir a conformidade com a legislação do país e com regulamentos, a prática confere ainda mais transparência à gestão e às relações e ajuda a mitigar riscos, preservando a imagem da organização perante o governo, clientes e a sociedade em geral.
Apesar de amplamente recomendado desde a década de 1960 em todo o mundo, a prática não é comum a todos. Muitas falhas ainda são encontradas no dia a dia de grandes corporações, colocando em xeque sua credibilidade e eficiência.
Sim, porque, para os clientes, o fato de seguir uma conduta ética vale muito e traz uma sensação de segurança e confiança.
Desafios do compliance na saúde
O setor da saúde é conhecido por seus grandes volumes de compras, contratações, atendimentos, recursos, entre outros. Em instituições públicas ou privadas, a cobrança pela adoção de boas práticas e o controle tendem a ser muito maiores do que em outros segmentos de mercado.
Seja para a União ou para investidores, as instituições de saúde devem prestar contas de absolutamente tudo o que acontece. Afinal, seu core business é aquele que mais exige cuidado, já que lida diariamente com a vida de pessoas.
Assim, nos últimos anos, as instituições têm apostado cada vez mais em sistemas de gestão estruturados, bem como em programas de compliance na saúde, dando início à uma nova cultura empresarial.
Afinal, quanto mais as ações forem transparentes, menor o risco de irregularidades. Apesar disso, não são raros os casos de fraudes envolvendo falsificação de documentos, de laudos médicos e até mesmo atestados de morte.
Apesar da preocupação legítima, este é um setor que envolve tanto o âmbito público quanto o privado. Isso significa que estar em conformidade com as leis e regulamentações pode ser um pouco mais desafiador do que o costume – e pode trazer à tona questões decisivas.
Por isso, é essencial que as instituições definam bem o escopo de suas políticas internas e, principalmente, se elas são suficientes para garantir a segurança da empresa em si e, claro, dos pacientes e outros stakeholders.
Dicas para estruturar o processo de compliance na saúde
É certo dizer que quando lidamos com compliance na saúde, tratamos de procedimentos complexos e vidas humanas. Assim, ter um programa de gestão estruturado é fundamental para garantir práticas e seleções mais rigorosas.
Para tanto, além da criação de código de ética e de procedimentos de controle, é importante envolver toda a direção da instituição ou empresa no processo e escrever as políticas internas para avaliação e seleção de fornecedores.
A identificação de risco, criação de canais de denúncia e treinamento periódico das equipes também são determinantes para garantir a conformidade, bem como o oferecimento de meios de monitoramento.
A boa notícia é que atualmente existem diferentes ferramentas e softwares que garantem a melhor gestão dos processos e políticas da empresa, como a plataforma da Perinity, colaborando para a inspeção e adoção de medidas disciplinares em caso de corrupção ou fraude.
Esta, aliás, é uma excelente oportunidade para quem deseja modernizar o sistema de gestão.