Etapa 5: Comunicação dos Resultados da Auditoria
A comunicação dos resultados da auditoria interna é fundamental para assegurar que as conclusões, descobertas e recomendações sejam formalmente apresentadas às partes interessadas. Esta fase deve ser conduzida de acordo com as diretrizes do Instituto dos Auditores Internos (IIA) e a Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (IPPF), garantindo que as informações sejam claras, precisas e acionáveis.
Preparação do Relatório de Auditoria: O relatório de auditoria é o principal meio de comunicação dos resultados. Ele deve ser elaborado de forma clara e objetiva, destacando os principais achados, conclusões e recomendações. O relatório deve incluir uma visão geral do escopo da auditoria, a metodologia utilizada, as áreas auditadas e os critérios aplicados. Cada achado deve ser detalhado, explicando a condição encontrada, o critério utilizado, a causa do problema e seu efeito potencial ou real na organização.
Estrutura do Relatório: Para ser eficaz, o relatório de auditoria deve seguir uma estrutura lógica e coerente. Uma estrutura típica inclui:
• Introdução:
Contextualiza a auditoria, descrevendo seu objetivo, escopo e metodologia.
• Sumário Executivo:
Apresenta uma visão geral das principais conclusões e recomendações de forma concisa.
• Achados e Recomendações::
Detalha cada achado de auditoria, seguido das recomendações.
• Conclusão:
Resume as principais observações e sugere próximas etapas para a gestão.
• Anexos:
Inclui documentos de suporte, como gráficos, tabelas e referências adicionais.
Clareza e Objetividade:
A clareza e a objetividade são fundamentais na comunicação dos resultados da auditoria. O uso de linguagem direta e acessível facilita a compreensão por todos os níveis da organização. Evitar jargões técnicos e explicar conceitos complexos de maneira simples ajuda a garantir que as recomendações sejam compreendidas e implementadas efetivamente.
Discussão dos Resultados com a Administração:
Antes de finalizar o relatório, é importante discutir os achados preliminares com a administração. Essa discussão permite validar as descobertas, obter feedback e ajustar as recomendações conforme necessário. A interação com a administração também ajuda a identificar possíveis mal-entendidos e a assegurar que as recomendações sejam práticas e realizáveis.
Apresentação ao Comitê de Auditoria:
Os resultados da auditoria devem ser apresentados ao comitê de auditoria ou outro órgão de governança relevante. Essa apresentação deve ser bem estruturada, destacando os pontos críticos e fornecendo uma visão geral dos achados e recomendações. A presença de auditores internos na reunião do comitê permite responder a perguntas e fornecer esclarecimentos adicionais.
Monitoramento e Follow-up :
A comunicação dos resultados não termina com a apresentação do relatório. É essencial monitorar a implementação das recomendações e realizar um follow-up para verificar se as ações corretivas foram tomadas e se os riscos identificados foram mitigados. O chefe de auditoria interna deve manter um registro atualizado do progresso das ações recomendadas e relatar periodicamente ao comitê de auditoria.
Feedback e Melhoria Contínua:
Finalmente, a comunicação dos resultados da auditoria interna deve incluir um mecanismo de feedback. Coletar feedback da administração e do comitê de auditoria sobre a qualidade e a utilidade do relatório permite identificar áreas de melhoria no processo de auditoria. Esse feedback é valioso para aprimorar futuras auditorias e fortalecer a função de auditoria interna na organização.
Conclusão: Seguir as diretrizes do IPPF e do IIA na comunicação dos resultados da auditoria interna assegura que o processo seja transparente, eficaz e contribua significativamente para a melhoria contínua e a governança da organização. Uma comunicação bem estruturada e colaborativa reforça a confiança na função de auditoria interna e promove a implementação das recomendações, agregando valor e fortalecendo os controles internos.